Entrevista com Sebastião Seabra

Aline ) É ele pessoal, Sebastião Seabra, para sabermos mais sobre esse artista, vamos lá: 1) Você desde criança já queria ser desenhista? como começou seu interesse pelos desenhos?

Seabra: : Aconteceu naturalmente Aline... Bem antes da idade escolar eu vivia rabiscando. Alguns dos desenhos que me lembro bem eram inúmeros desenhos da banda The Beatles, rs. Eram início dos anos 60 e só se falava neles e aparentemente era tudo o que eu sabia desenhar.

Aline : 2) E quando você viu que era essa a profissão que queria seguir, ser desenhista? tentou seguir outras profissão antes ou durante que desenhava?

Seabra: Não, como lhe disse tudo foi acontecendo naturalmente... Em seguida dos primeiros rabiscos eu tomei contato com as revistas em quadrinhos ai a paixão foi total. Aos onze anos comprei um livro chamado Desenho e Anatomia, de Victor Perard, editado pela Tecnoprint do Rio e naturalmente fui me profissionalizando... até que aos 15 anos de idade vendi uma tira para um jornal... dai em diante nunca mais parei.

Aline : 3) Você fez cursos de desenho ou é autodidata, aprendeu sozinho?

Seabra::Fui morar em São paulo com a sólida intenção de fazer a Escola Panamericana... na época só se falava nela, mas meu pai faleceu prematuramente e de repente lá estava eu desenhando quadrinhos "prematuramente", aos 15 anos, para o jornal Notícias Populares. Fiquei fazendo duas tiras lá e daquele dia em diante não parei mais... nem míseros 15 dias de férias, rsss...

Aline : 4) Que artistas de influenciaram e de influenciam ate hoje?

Seabra: De início todos da Marvel e DC... Digo, muitos deles... A lista é imensa. O primeiro gibi de aventura que tomei contato foi Sargento Rock, da EBAL, que comprei com a minha mesada. Fiquei encantado com a arte de Koe Kubert... Em seguida comprei o Zorro, o bang-bang, também da EBAL, com desenhos de John Flanders, outro bamba e em seguida vieram todos os da Marvel: Jack Kirby, Gene Colan, Steve Ditko, John Romita, etc... Todos geniais e excelentes professores, rs.

Em 1970 houve um rompimento total e surgiu um artista que mais me influenciou e provavelmente me ensinou muito: Neal Adams. Paralelo aos gibis comprei e aprendi demais com o livro Desenho e Anatomia de Victor Perard, o primeiro livro de anatomia que havia lido até então. Mais tarde, em meados de 80, outro artista surgiu e me influenciou demais, Joe Madureira. De lá pra cá sigo sempre aprendendo com todos eles e com os grandes nomes das ilustrações e dos autores extraordinários de livros de desenho e anatomia. .

Aline :5) Como sua familia via sua arte? eles te apoiaram quando decidiu ser só desenhista, como foi?

Seabra: Não, nunca me apoiaram. Eu apenas fiz o que eu quis.

Mas não podemos culpar a família por isso. "Gostar" de quadrinhos, sentir prazer em admirar a arte dos bons desenhistas é uma coisa unica e particular... É para iniciados, portanto não espere dividir isso com leigos ou querer que eles entendam isso ou mesmo que te apoiem.

Aline :6)Como era sua vida de desenhista no começou de carreira ?

Seabra: Era tranqüila. Eu ganhava um dinheiro razoável para a minha idade (era um adolescente) e curtia e comprava todas as revistas em quadrinhos que eram publicadas, rsss... Coisa impossível de se fazer hoje em dia. O único porém é que eu era autodidata. Não há nada de legal nisso... Eu não conhecia um único artista para trocar imformações e tampouco fiz alguma escola de arte... Demorou demais para aprender sozinho.

Aline : 7)E como foi sua entrada no mercado de desenho?

Seabra:Foi, como contei, foi natural. Naquele ano exatamente, 1974, não havia mercado de quadrinhos nacionais. Era um desses hiatos que sempre acontece quando morre uma editora ou mais e demora para surgir outra... Mas eu e um amigo meu, o Franco de Rosa, sabíamos que a Folha de S Paulo publicava quadrinhos nacionais no seu suplemento colorido de domingo. Fizemos uma sátira do primeiro filme de Os Trapalhões e levamos lá. Para nosso surpresa eles compraram, mas não era isso que queríamos. Queiramos desenhar HQ de aventura e continuamente... E isso a Folha não publicava. Estávamos em plena ditadura militar e a Folha só publicava cartuns e sátiras, numa clara posição de contestação. HQ de aventuras para eles seria coisa de alienados.

Em seguida fizemos uma tira de aventura, o Capitão Caatinga e voltamos para da edifício Folha da Manhã, empresa que engloba vários jornais, inclusive a Folha de S Paulo e entramos nele decididos a vender as tiras ao primeiro jornal que topasse publicar... Logo no segundo andar do edifício ficava o famoso jornal o Notícias Populares. Entramos lá e novamente para nossa surpresa o então editor, o lendário Ebrahim Ramadan, nos recebeu, viu nossas tiras e comprou, rsss...

Mais tarde estávamos fazendo duas tiras, uma de aventura e uma de humor.. Um anos depois estávamos fazendo três tiras diárias... Ficamos lá cinco anos.

Aline :8) Você faz varios "estilos de desenho" varias técnicas, qual deles te chamavam mais atenção desde o principio da carreira? E como foi aparecendo os outros estilos?

Seabra: Na verdade acho que o desenho é mágico e vai mudando conforme o tempo passa e sofremos influências de diversos autores, além de diversificar o uso de materiais... Mas acho que sua pergunta foi mais exatamente sobre estilos, pois bem, nesse caso acho que é uma contingência da nossa falta de trabalho, da falta de mercado, que nos obriga a fazer de tudo, hoje HQ de terror, amanhã eróticas... Em seguida uma história infantil... Ou "parem tudo que a moda agora é mangá", e lá vai você desenhar mangá... Enfim, nos sujeitamos a tudo.

Mas o estilo que mais me chamou a atenção no início de carreira foi o estilo clássico.

Aline : 9) Você sentiu a passagem do papel para a era digital? se acha que hoje em dia isso é bom ou ruim para os íniciante, começar com uma tablet por exemplo? utilizando a tecnologia.

Seabra: Eu acho um completo lixo. É simples você constatar isso. Pegue uma mesma página impressa e compare com a versão digital no monitor do seu PC... Viu? Ela perde por baixo uns 80% de qualidade. Tem "futuro" uma bobagem dessas? Sim tem. mas não creio que irá acabar com a revista impressa. Não tão já. Veio pra ficar, é claro, exatamente como a TV depois do rádio e ambos convivendo até hoje com o cinema. Ninguém matou ninguém, nem a TV paga matou a TV aberta tampouco a TV aberta dançou por causa do DVD... Há gosto e espaço pra todos.

Acho terrível um iniciante começar com tablet... É como fazer uma casa sem alicerce.

Como é uma ferramenta fácil de assimilar está todo mundo usando e se sentindo o máximo, só que todos fazem uma grande bobagem sem futuro algum.

Aconteceu o mesmo há 15 anos atrás com o advento do PC e os programas de imagem... De repente todo mundo era "colorista" devido a facilidade desses programas, mas nenhum deles tinha base alguma e só faziam bobagem... Como vem fazendo até hoje, tanto é que editora alguma compra o trabalho deles porque mesmo o melhor deles comete erros absurdos que no monitor fica razoável (já que a reprodução é tosca) enquanto que numa impressão a 300 DPI fica tudo muito visível. Sem estudo nada vira.

Aline :

10) Qual o conselho que Você deixa pra galera dos desenhos, pra iniciante e pessoal que ainda estão escutando não pelo caminho?

Seabra: Estudem.

Parem de se enganar e estudem muito e com boa orientação. Desenhar não é "dom" ou qualquer bobagem assim, é muita técnica e tudo mais... É uma profissão ingrata e muito difícil e quanto mais você souber mais fácil será resolver os problemas gráficos que os trabalhos irão lhe impingir... Desenhar, principalmente HQ, é resolver problemas o tempo todo.

Uma as coisas mais patéticas que existe é todo desenhista novato (ou mesmo alguns velhinhos...) achar que pode passar num teste para o mercado americano e caso não passem o problema não é o trabalho deles, mas sim algum tipo de perseguição.... Poxa, como cansa ouvir isso. Vão estudar.

Bom... Sigo fazendo meu trabalho em tempo integral... Acho que não tenho mais planos, ou esses são os planos, produzir o máximo que eu conseguir... No momento finalizei minha apostila número DOZE, da minha coleção Curso de Desenho Seabra... Estou editando mais duas para os próximos números: Como de Desenhar HQ e Caderno de Esboços... Estou no meio de um trabalho gigante, adaptando para quadrinhos A Moreninha para a Escala Educacional; ilustrando livros didáticos, editando uma revista do Vingador Mascarado 20 Anos que pretendo publicar por conta em julho... Desenhando para um monte de editor independente... etc... Além é claro de estar lecionando meu Curso de Desenho e Anatomia Online já há um ano e tudo estar indo muito bem.

Contatos:

seabradesenhista@yahoo.com.br

Entrevista com Zépa

Aline:

1) Ele é um artista de varias arte, você se define como? ou melhor, quais são suas artes?

Zépa: Por mais que tenta-se dizer ao contrário, é por isso que fiquei conhecido, o fato de fazer farias coisas e ter um trabalho versátil com qualidade (que é importante) ja fiz muitas coisas relacionado ao desenho, atualmente o trabalho que mais executo é as caricaturas, encomendas e ao vivo, pintura em tela, pintura digitais e tatuagens.

Aline:

2) Teve apoio da família quando decidiu ser um artista?

Zépa: Sem duvida, me apoiaram muito na adolêcencia, esse momento foi fundamental pra que só mais tarde, com pouco mais de 22 anos, viesse a ser artista profissional.Alguns diziam " Você tem que procurar um emprego registrado..." (risos) Mas isso faz parte, sei que diziam isso visando meu o meu bem, não deixa de ser um incentivo também (mais risos) Viver de arte é difícil no Brasil e normalmente leva um tempo pra você se instabilizar.

3) E como foi o início? Quando que era isso mesmo que você queria fazer? Teve muitas duvidas?

Zépa: com 15 anos comecei a sentir o que seria viver da arte, do uniforme da escola era branca,então eu fazia pinturas personalizadas nas camisas, na época era isso que bancava meus "rolés" de adolêcencias, foi também quando comecei a fazer um curso de desenho pela prefeitura da cidade. Após alguns meses e uma uma promesa de trabalho grande que não seria cumprida, desanimei e larguei os desenhos, tinha uma pasta com mais de 100 desenhos, dei todos para meus amigos de classe (Me arrependo amargamente disso...) Terminei o ensino médio, me formei técnico em mecânica pelo Senai, onde inclusive fui instrutor por 3 anos. Apesar da carreira ser promissora, algo faltava, foi ai que percebi que tinha que largar tudo pra viver da arte, com o dinheiro que consegui ao sair da oficina onde trabalhava comprei um kit de tatuagem e resolvi me jogar de vez. escolhi a tatuagem pois era pra mim o meio mais rápido de se ter retorno, e também por admirar demais erra arte milenar. Dai pra frente as coias foram surgindo, uma a uma.

Aline: 4) Quais artistas te influenciaram?

Zépa: Copiei muitos trabalhos de artistas japoneses de mangá, Masamune Shirow, gostava muito do estilo dele, acho que foi minha, acho que foi minha primeira grande influncia. Capullo, Jim Lee e principalmente Campbell nas HQs também foram influencias fortes no inicio , ja que fazia mais quadrinho. futuramente vieram outros, Alex Ross, Frank Frazetta, Serpieri, luis Royo, Shuya Yamashita, Arthur de Pins, Horley, e mais tanots outros. Do Brasil admiro o trabalho de mozart Couto, foi o artista nacional que mais busquei estudar no inicio, o trabalho dele é fanntastico. Destaco tambem Celso Mathias, Hoisel, flavio colin, Ed Benes. Busco influencias a todo momento, pesquiso bastante, sempre com intuito de melhrar minhas técnicas.

Aline:5) E por qual de suas artes você se identificou primeiro?

Zépa: Comecei Fazendo quadrinhos, os comics americanos e os mangás, no inicio só fazia isso, mas não profissionalmente. Depois foram aparecendo outras coisas, hoje é o que menos faço, as vezes gosto de fazer uma pin up só por lazer, é pra não enferrujar, caso apareça alguma proposta pra esse tipo de trabalho.

Aline: 6) E como foi esse seu interesse por pintura?

Zépa: A arte fantástica sempre me fascinou, Boris Vallejo, Luis Royo, Frazetta, ficava impressionado com o trabalho desses artistas, nessa epoca nem sabia qunatos que custava um cubo de tinta, mas via a necessidade de descobrir essa técnica. Sempre fui curioso e sempre gostei de saber fazer varias coisas, esse lado da minha personalidade contribui muito pra muito pra isso e para as outras técnicas que aprendi com o passar do tempo.

Aline: Se acha que uma arte puxa a outra?

Zépa: Sempre, Muitas coisas que aprendi no photoshop eu aplico na pintura, coisas que aprendi com os retratos, eu aplico nas tatuagens e assim vai. o comhecimento migra facilmente entre as varias facetas que a arte pode apresentar.

Aline: 8) Tem uma arte que você gosta mais que a outra? Qual?

Zépa: Gosto de tudo o que eu faço, já tentei largar algumas e me dedicar a uma técnica específica mas não consigo, são como filhos, não consigo abandoná-los. Não escolhi ser assim, as oportunidades foram aparecendo e para não dispensar, me vi na necessidade de aprender, e como sempre fui perfeccionista, sempre busquei aprender ao máximo. É até interessante pois posso variar e não fica uma coisa rotineira, geralmente eu tenho trabalhos em andamentos de pintura a oleo, retratos, digitais, tudo ao mesmo tempo, já me acostumei com isso.

Aline : 9) Fez cursos, faculdades? A formação superior ou estudar em uma escola de desenho é fundamental ou é possível estudar por conta própria com uso da internet?

Zépa: : Apenas um curso bem básico pela prefeitura da cidade, era de graça, já viu neh...mas até que era bom, no começo aprendi com essas revistas que ensinavam a desenhar, e ultimamente com a internet não aprende quem não quer. Não tenho formação superior, mas pretendo futuramente. A formação é importante sim, mas acho que mais profissionalmente do que técnicamente. O artista terá uma outra visão da arte, do mercado de trabalho, desenvolverá conceitos. Eu não tenho formação superior se quer estudei em escola especializada de desenho, portanto acredito que dá sim. Mas não é tudo, o computador não vê voce trabalhando e diz" isso ta certo... isso tá errado...", Através da internet é possível se atingir um patamar profissional agradável sem dúvida, o suficiente pra você desenvolver seu trabalho, mas se for possível se especializar é sempre bom, eu ainda pretendo fazer um curso especializado de desenho, sempre tem o que se aprender.

Aline :

10)Para fechar com chave de ouro, da um conselho para nossos artistas que estão começando ou esta nessa caminhada, conselho que você considera de ouro,de prata e de bronze.

Zépa: Simples e objetivo, é maravilhoso viver da sua arte, mas não é nada fácil. Quem quer ser desenhista tem que se dedicar muito, estudar demais, anatomia, cores, perspectiva, materiais...O mercado é muito competitivo e se você não buscar ser o melhor terá poucas chances. A dica que posso dar para quem é jovem é que aproveitem bem essa fase, que se tem mais tempo e menos contas a pagar, para evoluir seu nível, treine, faça cursos, treine, pesquise na internet, treine, treine, treine... não esqueça que é com isso que você pretenderá sustentar sua família, logo trata-se de um investimento. Para quem já trabalha não aconselho largar do emprego e ja se arriscar na arte, costumo dizer que tem que se seguir uma sequência, primeiro você faz arte, ou seja trabalha em outro ramo e faz da arte seu caixa 2, assim que se sentir seguro você larga sua profissão para então "sobreviver" de arte, para ai sim,futuramente, conseguir viver de arte. Esse período pode variar muito, depende muito do seu talento mas principalmente da sua dedicação. Usem e abusem da internet, divulguem seus trabalhos, entre em contato com artistas, mande trabalhos para avaliação, peça dicas. Mas não fique preso ao que a internet proporciona, visite ateliers, vá em escolas de desenho, workshops, exposições, busque contatos, apareça!!!! Se tornar artista só depende da sua atitude e dedicação.

Agradeço o convite, Obrigado muito sucesso pra vc! Que Deus te abençoe querida

Conctatos:

Blog: www.zepadesenhista.blogspot.com

E-mail: zepa_arts@hotmail.com

14/01/2011

ENTREVISTAS com Douglas Felix

Aline 1) Com quantos anos você começou os primeiros traços, os primeiros desenhos?

Douglas : Hummm, desde que deixaram uma caneta na minha mão e um papel.

Aline : 2) Você acha que na escola, as aulas de artes, pode ter ti essentivado ao desenho tambem? você acha?

Douglas : Ah sim, lá eu pude aprender técnicas novas, e a convivência com outras pessoas que partilham da mesma paixão, me incentivaram a desenhar mais.

Aline : 3) E quando você decidiu levar desenho como carreira profissional?

Douglas : Hum, quando eu vi que não existia mais nenhum trabalho que me desse a vontade de trabalhar que o desenho me dá .

Aline : 4) E isso você tinha quantos anos? Que decidiu seguir essa carreira?

Douglas : Bom, que comecei a ganhar dinheiro profissionalmente, só disso, depois dos 26, antes eu era publicitário

Aline : 5) Que Desenhistas de influenciou?

Douglas : Como meu forte s ão os quadrinhos, tenho muita influencia de john buscema, jack kirby, neal adams, bryan hitch e mike deodato. Esses s ão os primordiais, mas tem os secundários que de uma forma ou de outra influenciam, e a lista seria enorme! Já na parte de charge, cartum e tiras, tenho o André Dahmer, o Laerte, Angeli..

Aline : 6) E a família? Incentivou-te na escolha nessa carreira? O que eles dizem?

Douglas : Hum, sim incentivou sim. Sem o apoio acho que não conseguiria.

Aline : 7) Você estudou numa escola de desenho,Você acha que foi fundamental esse estudo numa escola de desenho?

Douglas : Bom, pra mim foi. Tem gente que é autodidata, mas não é o meu caso, aliás, sempre que posso, vou a algum workshop, curso, etc...

Aline : 8) E o começo de estudo, como foi, em livros? em Internet?

Douglas : Curso, na época nem computador tinha...

Aline : 9) Já teve tempo que pensou em desistir?

Douglas : Quase que diariamente, haha, brincando... mas nem tanto..rs

Aline :

10) E o que você pode dizer para quem esta querendo entrar no mercado do desenho?

Douglas : Não desista. Estude, leia, desenhe e não desista. Aprenda a receber críticas, estude, leia, desenhe e não desista.

07/12/2010

Aline:

Muito obrigado Douglas, força em sua caminhada também, saúde e sucesso, e já que estamos no mês de desembro, Desejar um feliz natal e prospero ano anos!

Contactos de Douglas Felix:

http://pranchetasuja.blogspot.

Aline L. Andrade

Entrevista com Silvia Caroline

ENTREVISTAS com Silvia Caroline

Aline:

1) Com quantos anos você começou a desenhar?

Silvia: desde criança sempre gostei de desenhar, a cada desenho tentei me aproximar do real, mesmo não conseguindo... rs

Aline:
2)Você além de desenhista é artista plástica, como foi essa escolha pela artes plástica?

Silvia: Então, sempre observei com muito carinho esse “mundo" das artes ao qual envolve muita coisa , isso me atraiu cada vez mais por essa escolha, é como se fosse uma religião, quem é artista sabe disso, dentro de si existe algo que é como a alma, é uma vida, sem isso não conseguimos nem viver direito... Existe uma fé muito grande nas artes

Aline:
3) você fez faculdade de artes plástica?

Silvia: Faço arte visual, bacharelado - com habilidades em artes plásticas

Aline:
4) Na pintura se utiliza desenho, né?

Silvia: Não sou egoista... rs, uso o desenho por que para mim o desenho é o "pai da arte", e o alicerce principal do que penso em fazer

Aline:
5) Quais estilos de desenho você gosta de desenhar?

Silvia: Prefiro os que são feitos através da observação de retratos

Aline:
6) Você busca alguma referencia de traços em algum artista? Quais são?

Silvia: Grandes artistas se inspiram nos grandes mestres. Leonardo da Vinci... Nossa... São tantos... RSS. Não me lembro o nome agora, mas busco muitas informações em livros, internet, outras pessoas q também desenham, etc

Aline:
7) Você acha mais difícil pintar ou desenhar?

Silvia: Acho que as duas coisas dependem muito uma da outra, mas acho pintar é um pouco mais difícil...

Aline:
8) Quais os matérias que você mais utiliza para pintura?

Silvia: Na pintura não uso tantas coisas, só mesmo o básico. Ex.: 3 tons de vermelhos ( claro, médio e escuro), 3 de amarelos e 3 de azuis, branco e preto. Uma tigelinha de isopor (aquelas q vem embaladas em frutas, etc... de supermercado) que serve como paleta (ou palheta), pincéis chatos, uma tela d 40x50 e uma imagem a escolher. As cores são misturadas até obter o tom desejado, isso é muito importante.

Aline

9) Na sua faculdade tem aulas de desenhos, né? E no desenho, o que utiliza?

Silvia: Bom, na faculdade aprendemos todas as técnicas possíveis, depois a gente escolhe qual a melhor que nos adaptamos. Aprendemos desde a criação dos materiais até a utilização
no caso se for um desenho de grafite por exemplo, utilizamos um papel A3, que seja poroso (ex.: canson), lápis grafite graduado ( hb, 2b até o 9b), e mesclamos observando sempre onde há mais luz e sombra.

Aline:
10) O que é Arte? Arte do desenho? E você aconselharia umas pessoa que quer ser desenhista, fazer a faculdade de artes plástica? Por que?

Silvia: Arte é uma forma de expressar os sentimentos, seja ele alegre ou triste. Envolve muitas coisas na arte como: musica fotografia, escultura, desenho, pintura, etc. O desenho para mim é como disse antes; é o meu alicerce do que pretendo fazer. Pelo desenho faço uma escultura por exemplo. Isso é fundamental em tudo, é o que digo respeito a verdadeira arte. Seja ele um rabisco, esfumado, geométrico, imaginário. Em tudo e tudo q vejo eu desenho...

Aline:

11) E você aconselharia umas pessoa que quer ser desenhista fazer uma faculdade? como de artes plástica? Por que?

Não necessariamente. Desenhar não é Dom e nem precisa obrigatoriamente fazer faculdade de artes plásticas. Precisa de técnicas, quanto mais desenha mais perfeição se adquire. Hoje não vivemos mais do Belo, Perfeição... Estamos vivendo e usufruindo da Arte Contemporânea, bem diferente da Arte Grega... rss

Aline:
Muito obrigada Silvia pela entrevista!

Silvia: Obrigado Aline, foi muito bom falar sobre arte,desenho, valeu também...

Contacto com Silva Caroline:

silviartevisual@gmail.com

Aline L. Andrade

05/08/2010

Entrevista com Raphael Viana

1)Você desenha desde que idade? e o que desenhava?

Raphael: Então desenho desde os 10 anos com a febre dos desenhos japoneses na tv, desenhava mangá que era o que me facinava na época.

Aline:
2)Você além de desenhista é colorista de historia em quadrinho, quando você começo a colorir desenho pensando no mercado de trabalho?

Raphael: Sempre desenhei, muito esporadicamente, sabe sem nenhuma pretenção, só sabia que queria ser desenhista, já a cor é uma coisa muito nova na minha vida tem mais ou menos um ano que eu começei a colorir; ai vi que ficou bom e que atendia ao mercado americano então investi nisso junto ao desenho como um complemento de ambas.

Aline:
3)Colorir é tanto ou mais dificil que desenhar? o que você gosta mais, desenhar ou pintar os desenhos?

Raphael: As duas áreas tem seus picos de dificuldades, tudo tem uma lógica tanto no desenho quanto na cor, exemplo: superman levanta uma pedra, logo tensiona-se o músculo pra dar aquela sensação de força aplicada. Já nas cores é a logica do claro escuro do reflexo etc... então há muito em que se pensar nas duas e aplicar essa lógica ás vezes não é facil, requer treino. Eu gosto mais de desenhar, mas coloriar completa tudo que eu faço e me relaxa mais que o desenho porque sinto uma facilidade em pintar, no desenho eu pesquiso mas crio referências esboços de guia etc...

Aline:
4)E quando você viu que essas era suas vocações, ja pensava desde cedo ser desenhistas?

Raphael: Desde muito cedo acreditava nisso, só não sabia como e quando, mais houve intervalos porque já quis ser outras coisas, aí eu acabava voltando ao desenho porque é o que eu amo independente do que eu faça eu sempre me foco ao desenho, me foquei mais nesses ultimos 18 messes.

Aline:
5)Como foi a participação da familia, eles te apoiavam?

Raphael: Bom minha família inteira acredita que isso é hobby, não acredita que isso é uma profissão mas... tenho duas pessoas que fazem a diferença nisso tudo que é a minha mãe e uma amiga minha Daiane e outras pessoas da época de colégio que sempre elogiaram, mais essas duas pessoas foram as cruciais pra que eu pudesse acreditar que tudo isso era possível, minha mãe as vezes fala pra ter uma profissão em paralelo, mas nunca desaprovou minha iniciativa até hoje com meu desenho.

Aline:

6)E o inicio de carreira? e entrada no mercado de trabalho?

Raphael: Foi inesperado, porque foi autônomo todo o inicio sabe fazia ilustrações pra shows independentes, pra organizações, hq ilustrativa para empresas, hoje eu foco mais o mercado americano já obtive respostas positivas mas optei em esperar e aperfeiçoar o meu traço, o meu estilo pra fazer um diferencial sabe, junto a isso faço ilustrações pra uma marca de roupas independente.

Aline:
7)Quais os artistas que mais te influenciaram?

Raphael: Huum... complicado e muita gente Frank Frazzeta, Adi Granov, Leinil Yu, Ivan Reis, Simone Bianchi, Greg Capullo, Travis Charest, Mike Mayhew, Katsuhiro Otomo e mais um monte que não fazem parte do mundo dos quadrinhos mais me influenciaram.

Aline:
8)Você utiliza ferramentas ou programas do computador em suas obras?

Raphael: Nossa eu utilizo muitos materias, coisas nada convencionais como copo, folhas, palitos... aí passo por todos os materiais artísticos pena, nankin, lapis até os digitais o que eu mais utilizo é o photoshop com uma tablet (mesa digital) pra fazer pinturas e efeitos.

Aline

9) Quais os materias mais utilizado nos desenhos e pinturas?

Raphael: Nos desenhos eu uso muita coisa depende muito do que o desenho me remete mais de base uso lapiseiras com graduações 0.3, 0.5, 0.7 e 1.0 , lápis de várias graduações, penas, nankins, graches, pinceis etc.. na pintura eu intercalo coisas fisicas como tintas e técnicas a mão com o photoshop e a tablet quando necessario, resumindo utilizo tudo que se é possivel e que está ao meu alcance inovar é a chave!.

Aline:
10) O que você diria para quem quer começar a colorir quadrinhos? e se essa pessoa não souber desenhar, mas quer colorir desenho, o que você diria para eles?

Raphael: Desenhe!, o desenho vai ser base pra tudo, se você se fixar somente na pintura, você não irá ter aquela percepção volumetrica de tudo que compõe a cena, esforce-se pra desenhar porque isso lhe fará dar um salto enorme na pintura e ainda de brinde você desenhará rs. então meu conselho estude anatomia e o comportamento das cores são fundamentais não se prenda somente a uma vertente quadrinhos, abra a mente observe o cidade os animais a sombra a luz a intensidade, observe quadros, monumentos tudo a sua volta, a vida é uma escola de artes, um show de referências a ceu aberto, aproveite isso desenhe, sabe tudo que você achar belo tente reproduzir e faça uma análise.



Agradeço por esse convite, fico lisongeado!, parabéns pela iniciativa de criar esse site e ser democratica com os artistas!, Bom quero deixar aqui uma mensagem de reflexão pra todos que pertencem a essa profissão ou que querem fazer parte, respeite o próximo, críticas existem pra ajudar a melhorar e não desmoralizar um trabalho ou o profissional, sempre falo que essa é uma profissão que me da muito orgulho embora ainda não esteja no caminho que quero, estou próximo de chegar, mais o que eu mais vejo independente do nível artistico, são pessoas com o ego inflado no intuito de mostrar o quanto é melhor que o proximo e não de ajudar o mesmo a crescer como pessoa e profissional. Nessa vida tudo funciona como maré tem altos e baixos. ACREDITE que você possa chegar em um lugar mesmo quando tudo parece tão escuro ou impossivel tendo amor pelo que faz você conquista montanhas. Sucesso pra todos e pra você Aline, mais uma vez muito obrigado pelo espaço.

Aline:
Eu que fico lisongeada por entravista-lo, obrigada! Sucesso pra todos também e obrigado pela entrevista!

Contactos de Raphael Viana:

SITE OFICIAL
http://rnviana.weebly.com/
http://vianaa.deviantart.com/
E-MAIL
raphael_nasviana@hotmail.com

Aline L. Andrade

27/07/2010

Entrevista com Paulo Roberto artpolo

Aline
1)Você pensava em ser desenhista desde o começo? Qual era sua idade?

Paulo: Meu contacto com desenho acho que foi aos quatro anos. Ganhei uma revista de quadrinhos e fiquei maravilhado com a capa. Apesar de ter sido um desenho simples, mas para época era uma grande produção. Tratava-se de um palhaço fugindo de uma onça que fugia de uma jaula. Não tenho a mínima idéia do conteúdo da revista, mas a capa eu lembro até hoje. Depois disso fiquei fã de quadrinhos, como sou até hoje e desenhava personagens em papel de pão e quando chovia a rua ficava molhada eu desenhava a rua toda com um grampo de cabelo aberto. rs.

Aline :
2)E quando você decidiu fazer o desenho a sua profissão?

Paulo: Bem... Eu tentava de todas as maneiras um lugar ao sol. participei de cooperativas que promoviam exposições em varias cidades, participei de vários salões de humor, inclusive internacionais|(nestes salões a gente só manda os trabalhos.) bati na porta de vários jornais e editoras com os trabalhos debaixo do braço... Enfim acho que tentei de tudo em relação a desenho e ilustração. Minha entrada no mercado (que foi um pouco curta.rs) foi quando um tablóide que circulava dentro do Jornal do Brasil, precisavam de um ilustrador e caricaturista, então fizeram um concurso. Aí eu ganhei. Só que o trabalho era freelancer, mas fiquei um bom tempo ilustrando, algumas dessas ilustrações estão no meu álbum no orkut.

Aline :
3) Como foi a participação da família, eles te apoiavam?

Paulo:Na verdade, acho que só minha mãe me apóia até hoje. Fui criado sem pai, e minhas irmãs acham que gasto muito dinheiro com material a troco de nada. Aliás, todos em minha volta, acham muito bonito o que faço, mas na opinião de todos é perda de tempo, só vale como hobby.

Aline :
4)Você fez cursos de desenhos?

Paulo:Apesar de desenhar desde criança, fiz um curso de desenho de propagandas no Oberg, pra aprender técnicas e aprimorar o traço.

Aline :
5) Desenhista ou ilustrador? Quais as diferenciam entre desenho e ilustração?

Paulo: essa pergunta cria muita polémica. Muita gente acha que ilustração e desenho é a mesma coisa, mas acho que a diferença é que toda ilustração pode ser um desenho, mas nem todo desenho é uma ilustração. Ilustração é o que ilustra, ardona, enfeita um texto, um cartaz.uma capa de disco ou livro... O desenho pode ser feito apenas como arte. Acho que é mais ou menos isso.rs.

Aline :
6) Você Começou a desenhar qual estilo de desenho primeiro?

Paulo: Eu sou um grande fã de quadrinhos, e os heróis de gibi, foram meus primeiros traços. O fantasma, Cavaleiro negro, depois os super heróis. Homem de ferro, huck, cap. America, etc.

Aline :
7) Como é a relação de desenhista, agentes e empresas? Um desenhista precisa ter um agente para intermédio para as empresas?

Paulo:Acho que como todo mercado de trabalho no Brasil, o bom profissional precisa de QI (quem indica), infelizmente é assim que funciona hoje. Existe grandes artistas de talento excepcional trabalhando em áreas que não tem nada a ver enquanto vejo ilustrações que, pelo amor de deus, como conseguem trabalho?

Aline :
8) Quais são as dificuldade dessa carreira?

Paulo:Antes se precisava de um ilustrador ou desenhista pra trabalho até de uma pequena nota. Hoje existem programas e clip arts que resolvem o problema em segundos. A informática, dificultou e muito o trabalho dos grandes artistas. Por favor, não me interpretem como antiproguessista ou antiquado, etc. Eu uso muito a informática, ela tem sido de grande utilidade pra mim, como tenho certeza que é pra geração actual.

Mas análise comigo:

Pra se fazer umas historia em quadrinhos antigamente, precisava-se de: O desenhista(criava os personagens), O arte finalista(que fazia a arte final pra impressão do exemplar), o letrista(que fazia os diálogos nos balões) e se o gibi fosse em cores, havia tampo para colorista.Viu quantos profissionais? Hoje um cara sozinho sentado frente uma tela de pc, faz isso tudo O pior que se você pegar um hq atual, vai ver que falta alma nos personagens, não tem expressão, são como robôs. Compare com os desenhos de stan lee, alex ross ou Will Eisner , eles não precisaram de todas essa tecnologia pra criar seus personagens e conseguiam que aparentavam ter vida. Quer dizer: a mão do artista vale muito.

Aline :
9)Você tem influencias para suas técnicas, algum artista em especial?

Paulo: Nomes como Ziraldo, Chico Caruzo, hique e outros mais tem o previlegio de um bom contrato, nessas área são ícones. na área de humor eu considero que os trabalhos de Lan, fazem um grande diferencial. No estilo fantasy, tenho que tirar o chapéu para os trabalhos do Boris Valejo e Luiz Royo.São esses caras que me influenciam até hoje.

Aline :
10)Quantas horas por dia você desenha e dias por semana?

Paulo: No Meu trabalho eu tenho que trabalhar directo fazendo gabaritos, mas paralelo a isso, de vez em quando um painel, um retrato a lápis... Só que em casa , quando eu sinto o cansaço, largo a prancheta, por quer se insistir acabo estragando o trabalho em andamento.

Aline :

11) E que você diria para os principiante que querem entrar ou que esta achando muitas dificuldades para continuar essa carreira?

Paulo: Por favor, não desanimem com as minhas opiniões dadas na entrevista. rs Se vocês tem potencial, talento e força de vontade, tem que insistir sim. não desista por causa da primeira, segunda, terceira pedra no caminho. A caminhada é árdua, mas o desafio e muito gratificante.

Gostaria de dar uma opinião sobre uma coisa que tenho notado nos desenhistas que estão começando agora. Todo mundo agora resolveu desenhar mangás. Acho (è apenas minha opinião) que o desenho manga é muito limitado, não tem estilo próprio. Todos são iguais, você não sabe de quem é o trabalho se não vir a assinatura do artista. Deveriam procurar desafios maiores, aprimorar um traço que futuramente pode marcar o seu estilo. Tipo: quando você desenhar e seu traço vai ser reconhecido. Pessoal, é apenas uma opinião. Não que você tenha que desistir do manga, só acho que é um desenho que não oferece muitos desafios. abraços a todos

Aline:

Temos desenhos dele em nossa galeria, visite e confira! Obrigada pela entrevista e muito sucesso em seu caminho!

Contactos de Paulo Roberto artpolo:

Tel: (21) 3606-2869
(21) 3715-0773
Email: artpolo.2009@gmail.com.

Aline L. Andrade

17/07/2010

Ola Desenhistas! Entrevista com Jonas trindade!

O site Guia Para Desenhistas estará transferindo as entrevista do site para esse blog e quero convidar para reestreia nosso primeiro entrevistado Jonas Trindade. :-)

ENTREVISTAS com Jonas Trindade:

Aline
1) Como foi seu primeiro contacto com o desenho e qual era sua idade?

Jonas : Bem meu primeiro contato com desenhos se deu na aula de artes na 3ª serie, eu tinha uns nove anos.

Aline :
2) Quando você começou a levar a sério os desenhos?

Jonas : Eu tinha por volta de 15 anos, mas na época nem internet direito tinha ,era o começo, então ate me informar melhor levei mais uns seis anos.

Aline :
3) Como sua família via essa profissão? Eles te apoiavam?

Jonas : Olha ao apoio no começo foi um pouco tímido, mas nunca fui forçado a desistir, embora minha família não pudesse me dar mais apoio como um curso eu sempre tive liberdade para seguir esse caminho, mas fiquei fora por mais de três anos período em que fui trabalhar em uma empresa de carros.

Aline :
4)Você fez cursos de desenhos?

Jonas : Fiz em 2004 ate 2005, foi na época em que a fabrica de quadrinhos tinha uma filial em BH, mas depois passou para casa dos quadrinhos, o que levo de bom dessa época foi meu primeiro contato com pessoas mais experientes na área de quadrinhos o convívio em si e ótimo você aprende muito.

Aline :
5) você se classificaria como um arte finalista? Como é o trabalho de um arte finalista?

Jonas : Bem como posso dizer no mercado eu me classifico como arte finalista, mas de forma abrangente acredito que classificações não sejam muito fortes, bem o arte finalista é responsável pelo acabamento do desenhista é uma extensão do mesmo, ou seja só passar a tinta por cima não acrescenta nada, é preciso copiar como desenhista , e ser bem fluido para poder se adaptar a tantos estilos que hoje tem no mercado, apesar de tudo o mercado vem afunilando pois agora temos arte final digital e cor sobre lápis, mas sem ser egoísta uma arte sem nankin é uma arte inacabada.

Aline :
6) Quais foram suas dificuldade no inicio de carreira?

Jonas : Bem para mim foi ter alguém para ajudar nas duvidas, sobre técnicas, o que usar informações do que é preciso para despontar no mercado e ainda encontro, no sentido de conseguir estabilidade no mercado falta um pouco de informação você acaba tendo que ser auto instrutivo, pára ir sempre foi assim acabei descobrindo por mi mesmo.

Aline :
7) E as dificuldade hoje me dia? Com o computador ficou mais fácil ou difícil?

Jonas : Bem as dificuldades em minha opinião vão desde encontrar bons materiais para pode trabalhar, ate o trabalho pro assim dizer, todos dizem que o mercado esta saturado, mas quem me diz isso tem sempre trabalho eu digo que falta boa vontade e profissionalismo, mas quem tem estabilidade nunca vai se juntar a quem precisa se firmar e para você ter força sem união nada conheci você pode ser queimado se for a público reclamar sempre vão te taxar de anti-profissional, apesar de termos o computador ainda falta o principal contato direto sem intermediários para as editoras, você acaba se submetido as regras auto-impostas por pessoas que deveriam ser seus aliados e fonte de informação.

Aline :
8) Como foi seu primeiro contacto com o mercado dos desenhos?

Jonas : Bem foi bem rápido meu primeiro trabalho profissional eu fiz este ano, mas foram só 6 paginas ,agora ao que parece começam a surgir novas portas estou curiosos e espero poder me firmar, já havia feito alguns Jobs antes mas nada expressivo

Aline :
9) Você tem algum desenhista que influenciou em suas técnicas?

Jonas : Eu não tenho assim uma referencia extrema sempre que olho pros que estão no topo fico curioso para saber como ele chegou a determinada técnica, e assim vou estudando mas nunca fui de copiar estilo alais não gosto sou um pouco chato com isso, mas eu acabo sendo fisgado pela obra feita não pelo autor rsrs.

Aline :

10 (e ultima) O que você diria para quem quer entrar nesse mercado de trabalho?

Jonas : Bem meu conselho como sendo alguém que ainda busca seu espaço é tenha fé em si mesmo, mesmo todos estando contra uma hora você acha uma porta certa, pessoas certas, porque ai fora a muitas lebres em pele de cordeiro, não se nivele por baixo, ouça conselhos de gente profissional e também leiga porque são os leigos que compram seu trabalho, trate bem a todos até mesmo seu maior desafeto, estudo desde desenho ate seus direitos como artista se você não se precaver sempre terá alguém pra te passar pra trás, seja profissional em tudo e nunca aceite rebaixar seu talento por nada

Aline :Muito obrigado pela entrevista Jonas, desejo muito sucesso em seu caminho, e continue seu trabalho lindo!

Contactos de Jonas Trindade:

Email: luqkhyjonas@yahoo.com.br

http://luqkhyjonas.deviantart.com/

http://luqkhyjonas.blogspot.com/

Aline L. Andrade

07/07/2010